Criança Autista com Seletividade Alimentar: Como Lidar com Esse Desafio?
- Eduarda Longui
- 20 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de ago.
Seletividade alimentar em crianças autistas é uma das queixas mais comuns entre pais e cuidadores. A recusa de certos alimentos, a preferência por texturas específicas ou o apego a marcas e apresentações pode tornar a alimentação um momento de estresse. Mas você não está sozinho nessa e há estratégias que podem ajudar.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é a seletividade alimentar no autismo, por que ela acontece e como ajudar sua criança a ter uma relação mais saudável com a comida.
O Que é Seletividade Alimentar em Crianças Autistas?
A seletividade alimentar se refere à recusa ou limitação extrema de alimentos. Em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), esse comportamento pode ser ainda mais intenso e persistente.
Comportamentos comuns:
Comer apenas alimentos de uma cor (ex: só branco).
Rejeitar alimentos com determinadas texturas (como molhos ou alimentos crocantes).
Comer sempre as mesmas marcas ou preparações.
Recusar qualquer novidade alimentar (neofobia).
Comer apenas alimentos em recipientes ou pratos específicos.
Por Que Crianças Autistas São Mais Seletivas com a Alimentação?
A seletividade alimentar está relacionada a diferentes fatores que fazem parte do espectro autista, como:
Hipersensibilidade sensorial: odores, sabores, sons e texturas podem ser intensificados.
Rigidez comportamental: mudanças na rotina (inclusive alimentar) podem causar desconforto.
Dificuldade de comunicação: a criança pode não saber expressar desconforto ou preferências.
Experiências negativas anteriores: engasgos, refluxo ou enjoo com certos alimentos.
Quais São os Riscos da Seletividade Alimentar?
Uma criança autista com seletividade alimentar pode correr riscos nutricionais importantes, como:
Deficiências de vitaminas e minerais.
Baixo ganho de peso e crescimento.
Problemas gastrointestinais (como constipação).
Prejuízos no desenvolvimento cognitivo e motor.
Como Lidar com a Seletividade Alimentar no Autismo?
A boa notícia é que há formas eficazes e respeitosas de melhorar a alimentação da criança autista. Veja algumas dicas que podem ser aplicadas em casa:
1. Não Force
Evite brigas ou chantagens. A pressão aumenta a aversão alimentar.
2. Exposição Gradual
Deixe o novo alimento próximo do prato, depois dentro, e só depois incentive a experimentação.
3. Torne a Alimentação Lúdica
Apresente os alimentos de forma divertida — com formatos diferentes, nomes criativos ou histórias.
4. Estabeleça Rotinas
Horários previsíveis e um ambiente calmo ajudam a criança a se sentir segura.
5. Respeite os Limites Sensoriais
Observe se a textura, temperatura ou cheiro do alimento está gerando desconforto. Adaptar pode fazer toda a diferença.
Quando Procurar Ajuda Profissional?
Se a seletividade alimentar estiver afetando a saúde ou o desenvolvimento da criança, é hora de procurar profissionais como:
Terapeuta ocupacional (integração sensorial)
Psicólogo ou analista do comportamento
Fonoaudiólogo (caso existam dificuldades motoras orais)








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